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EM MANAUS, DONA DE CASA COM “CORAÇÃO GRANDE” AGUARDA MAIS DE MÊS POR UMA TRANSFERÊNCIA PARA O HUFM


A dona de casa Maria de Souza da Cunha de 55 anos, esta internada em estado gravíssimo com Cardiomegalia (Coração grande) no hospital e Pronto Socorro Dr. Aristóteles Bezerra de Araújo zona leste de Manaus, ha mais de um mês, aguardando uma transferência para o hospital Universitário Francisca Mendes – HUFM.

Durante este período internada, ela já teve cinco paradas cardíacas, no hospital Platão de Araújo que não é referencia no tratamento da doença no estado. O medo da família que de perder a dona de casa a qualquer momento, e até agora o estado esta empurrando com a barriga a transferência da paciente para o HUFM.

Para Artemisa Cunha de 28 anos, filha da paciente, o sentimento é tristeza e impunidade por parte do governo estadual. “Estamos todos aflitos, com medo do pior acontecer, sem saber a quem recorrer, minha mãe esta há mais de um mês aguardando por uma transferência para a Francisca Mendes, e a desculpas são sempre as mesmas: vamos verificar, vamos solicitar e até agora nada, queria saber se fosse à mãe de um de você que estive se acabando”. Declarou a filha!

Tentamos contato com a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas – Susam, que não se manifestou sobre o assunto até o fechamento da matéria. A família pede ajuda das autoridades do estado na transferência da paciente com urgência para o HUFM. Maiores informações devem ser tratadas através dos telefones (92) 99346-8190/993426560.



SOBRE CARDIOMEGALIA

Cardiomegalia, também conhecido como coração grande, é uma doença grave e de difícil tratamento que atinge principalmente os idosos, mas também pode acontecer em adultos jovens ou em crianças com problemas cardíacos. O coração grande não consegue bombear sangue com a força necessária para todo o corpo, o que provoca cansaço intenso e falta de ar. Apesar de ser uma doença grave e que pode levar à morte, a cardiomegalia pode ser tratada e tem cura principalmente quando identificada no início.

OPERAÇÃO MAUS CAMINHOS

Entre 2014 e 2016, os ex-titulares da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), Wilson Alecrim e Pedro Elias, administraram mais de R$ 4,4 bilhões da pasta. O Ministério Público Estadual (MP-AM) constatou que entre março de 2014 e abril de 2016, o governo do Estado pagou ao Instituto Novos Caminhos, alvo da Operação Maus Caminhos, deflagrada em setembro de 2016, o total de R$ 549 milhões, dos quais R$ 40,1 milhões foram realizados sem cobertura contratual.

Os ex-secretários foram presos durante a operação “Custo Político”, deflagrada pela Polícia Federal (PF), apontando que comandantes de algumas pastas da administração estadual recebiam ‘mensalinhos’ que variavam de R$ 83,5 mil até R$ 133,5 mil. 

A estimativa é de que R$ 20 milhões tenham sido pagos em propina, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF). Os valores eram pagos para agentes públicos para promover as facilidades da administração pública no esquema comandado pelo médico e empresário Mouhamad Moustafa.

Em 2015, a Susam possuía um orçamento autorizado de R$ 1,5 bilhão. No ano seguinte, o valor chegou a R$ 1,4 bilhão. E no ano passado, voltou para R$ 1,5 bilhão. O ex-secretário Wilson Alecrim comandou a Susam entre os anos de 2004 a 2008 e 2010 a 2015. Ele teve o mandado de prisão preventiva cumprida.

Já o ex-secretário da Susam Pedro Elias, assumiu a pasta em julho de 2015, onde ficou até janeiro de 2017. Ele encontra-se em São Paulo, ainda sem previsão para ser trazido para Manaus. Ele será afastado da direção do Hospital Universitário Francisca Mendes.

MAIS DE R$ 250 MILHÕES AO INC

As investigações que deram origem à operação demonstraram que, dos quase R$ 900 milhões repassados, entre 2014 e 2015, pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) ao Fundo Estadual de Saúde (FES), mais de R$ 250 milhões teriam sido destinados ao Instituto Novos Caminhos. 

A apuração indica o desvio de R$ 50 milhões em recursos públicos, além de pagamentos de fornecedores sem contraprestação ou por serviços e produtos superfaturados, movimentação de recursos via saques em espécie e lavagem de dinheiro.A operação Custo Político foi executada em Manaus, Recife, São Paulo e Brasília.

MENSALINHO TOTALIZA R$ 20 MILHÕES

O Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas, durante as investigações, apurou que um dos secretários de saúde, à época de seu mandato, chegou a receber pelo menos 14 pagamentos de R$ 133 mil como propina para favorecer o INC, desde a qualificação do instituto como organização social. O nome do ex-secretário não foi divulgado. 

Outro pagamento identificado, também envolvendo um ex-secretário, totaliza R$ 5,6 milhões, pagos durante 18 meses em repasses de R$ 300 mil. Além do repasse de valores, que somam cerca de R$ 20 milhões, também foram identificados outros tipos de benefícios usufruídos pelos investigados como retribuição por contribuírem com o esquema, como vinhos de alto valor, ingressos para shows de artistas nacionais e jogos da Copa do Mundo de 2014, diárias de hotéis de luxo em Brasília e no Rio de Janeiro e disponibilização de carros de luxo com motorista em São Paulo.

Os bens apreendidos pela operação “Custo Político” incluem carros de luxo, obras de arte e uma aeronave. O bloqueio de bens e valores determinado pela Justiça soma R$ 67 milhões. A partir dos relatórios resultantes da operação, o MPF poderá oferecer denúncia criminal contra os investigados para que possam ir a julgamento.



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