RODOVIÁRIOS MANTÊM COMUNICADO DE GREVE MESMO COM PROIBIÇÃO DO TRT11 PARA ESTA QUARTA-FEIRA (23/05)
A população de Manaus deve ficar atenta porque pode enfrentar transtornos devido a possibilidade de greve dos trabalhadores do sistema de transporte coletivo nesta quarta-feira (23). O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivos Urbanos e Rodoviários de Manaus e Região Metropolitana (STTRM) mantém o posicionamento de paralisação, mesmo após a Justiça determinar que a categoria se abstenha de realizar a greve.
Nesta terça-feira (22), um dia depois da presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT 11), Eleonora de Souza Saunier, proibir a deflagração da greve, o presidente do STTRM, Givancir de Oliveira, enviou oficio ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), solicitando que a entidade fizesse o remanejamento da frota operacional em 50% para o dia da greve. A medida seria “a fim de não causar maiores transtornos para os usuários”.
No documento, Givancir informou que o motivo da greve geral é o reajuste salarial da convenção coletiva 2018/2019. Ele disse que os trabalhadores da categoria dos transportes rodoviários de Manaus aprovaram em assembleia a greve geral por tempo indeterminado a partir de 00h do dia 23.
Givancir disse ainda que a greve é um direito constitucional. “Tal direito nasce no momento pela negativa do próprio Sinetram em não demonstrar interesse de sequer negociar o reajuste salarial do dissídio coletivo 2018/2019. Os trabalhadores rodoviários de Manaus então sem reajuste salarial de maio de 2017 e não tem como esperar pela boa vontade dos empresários”. O dissídio de 2017, que está sob embargos do STTRM na Justiça, definiu o reajuste salarial de 3,5%. “É uma brincadeira esse valor”, disse Givancir, na última segunda-feira (21).
SINETRAM
O Sinetram, por sua vez, informou que as empresas concessionárias de transporte coletivo urbano estão empenhadas em manter 100% da frota de ônibus nas ruas nesta quarta-feira, conforme decisão do TRT 11. O sindicato das empresas afirmou ainda que o julgamento do Dissídio Coletivo da categoria, referente ao ano de 2017, está sob judice e, quando for julgado definitivamente, caberá à prefeitura incluir o valor na planilha de custos.
“O Sinetram confia na Justiça e entende que o diálogo envolvendo empregadores, empregados e a Prefeitura é o melhor caminho para o enfrentamento da questão, de forma a preservar o interesse público”, disse o assessor jurídico da entidade, Fernando Borges.
Atualmente, as nove concessionárias que operam o transporte coletivo de Manaus transportam, em média, 700 mil passageiros em 230 linhas.
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