ADVOGADOS E PROFESSORES SÃO PRESOS SUSPEITOS DE OFERECER FALSOS CURSOS DE GRADUAÇÃO NO AMAZONAS
Quatro pessoas foram presas suspeitas de envolvimento em um esquema criminoso de oferta de cursos de graduação falsos, sem autorização do Ministério de Educação (MEC). Outras quatro pessoas estão foragidas. O crime foi apontado durante a 'Operação Incautos', deflagrada pela Polícia Civil nesta terça-feira (19), em Manaus. Entre os presos estão um advogado e professores. Dois sócios-proprietários de uma faculdade em Manaus estão foragidos.
Ao todo, o esquema desviou R$ 1 milhão da faculdade, onde parte do valor foi recuperada por decisão judicial que bloqueou a verba. Na coletiva de imprensa realizada pela polícia nesta manhã, nenhum dos suspeitos foi apresentado à imprensa. Uma advogada que representa faculdade que denunciou o esquema não quis comentar o caso.
Entre os presos estão três mulheres, entre elas uma advogada e uma professora. Além disso, um professor e uma mulher que atuava como coordenadora do esquema também foram presos em cumprimento de mandado de prisão preventiva.
De acordo com a polícia, o grupo oferecia cursos em 15 municípios do Amazonas, sem reconhecimento do MEC, e dizia ser representante de uma faculdade sediada em Manaus.
Os alunos tinham aulas presenciais normalmente, no entanto, ao final do curso não recebiam o certificado de conclusão. A fraude só era constatada pelos alunos quando eles entravam em contato com uma faculdade, situada no bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul da capital, onde questionavam a entrega dos certificados.
Diante das reclamações recebidas dos alunos, outros sócios-proprietários da faculdade em Manaus acionaram o Tribunal de Justiça, solicitando uma intervenção judicial para a instituição, que foi vendida para dois suspeitos envolvidos na operação. Durante a investigação, a polícia diz que constatou o golpe praticado pelo grupo.
Ainda de acordo com a invesrtigação, os dois sócios-proprietários foragidos são procurados por descumprimento contratual e haviam sido afestados da direção.
“As pessoas que estão sendo investigadas, haviam comprado a instituição de ensino e não honraram com as obrigações contratuais. Como não honraram, houve uma ação na justiça na tentativa de reaver a faculdade. Nesse momento que o Juiz determinou, eles ingressaram novamente e perceberam a diferença, pois a instituição só ofereciam cursos em Manaus, e verificaram cursos sendo oferecidos no interior”, alegou o delego Aldeney Braga, titular do 2º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
Os presos irão responder por organização criminosa, estelionato, falsidade ideológica, furto qualificado, dano qualificado, desobediência de decisão judicial, além de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. Após os procedimentos cabíveis na delegacia, os infratores serão encaminhados para unidade prisional.
FONTE: G1 AMAZONAS
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