PROFESSOR MOSTRA QUE LEITE DE SACO É MAIS NUTRITIVO QUE O DE CAIXA
O leite é fonte de cálcio e proteína e está presente no café da manhã de grande parte das famílias brasileiras. Isso porque o Brasil é o sexto maior produtor de leite do mundo. A bebida, que também é usada na fabricação de outros alimentos, como o queijo e a coalhada, foi tema da reportagem de química do Projeto Educação.
Para chegar à mesa das casas, o leite precisa passar por um processo chamado de pasteurização. “O leite passará pelo filtro, seguirá pela tubulação até entrar no dispositivo em que ele será aquecido a uma temperatura de cerca de 73 graus Celsius. E depois é rapidamente resfriado. Esse choque térmico vai matar os micro-organismos nocivos. O leite pasteurizado preserva quase todas suas propriedades e principalmente os micro-organismos benéficos, como os lactobacilos vivos”, comentou o professor Gilton Lyra.
O leite pasteurizado no processo descrito pelo professor é o do saquinho, que precisa ficar refrigerado, porque os lactobacilos podem acidificar, azedando o líquido. O leite de caixa, que não precisa ficar na geladeira, sofre o processo de ultrapasteurização. “A gente aquece numa temperatura que é quase que o dobro da comum por certo tempo e depois resfria. O problema da ultra é que também mata os micro-organismos benéficos e se perde um pouco do valor nutritivo do leite”, destacou Gilton.
Numa fazenda do município de Gravatá, Agreste pernambucano, o gado é reunido duas vezes por dia para a ordenha. Tudo é feito de forma mecânica, respeitando as normas de higiene. Mas a ordenha também pode ser feita de forma manual. “Consumir leite diretamente da vaca requer alguns cuidados. Tem de observar, conhecer o produtor, o animal e lembrar que há alguns micro-organismos nocivos. Precisamos de algum tratamento, uma fervura desse leite, com cautela para não perder valor nutritivo”, comentou o professor.
Alguns produtores menos honestos costumam adulterar o leite para ter mais lucro. Mas um teste simples ajuda a descobrir se o leite foi ou não adulterado. O professor colocou leite em dois copos; em um deles, colocou um pouco de água e acrescentou alguns pós, como açúcar, sal e amido de milho. Em seguida, ele acrescentou tintura de iodo (antisséptico comumente vendido em farmácias). “No leite sem adulteração, o iodo permanece com sua coloração castanha. No leite adulterado, o iodo fica mais escuro. E a presença do amido de milho pode comprometer bastante a qualidade. Além de diluir os nutrientes, pode fazer mal
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