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POLÍCIA FEDERAL CUMPRE MANDADOS DE PRISÃO EM MANAUS EM NOVA FASE DA MAUS CAMINHOS


A Polícia Federal no Amazonas deflagrou, na manhã desta sexta-feira (19), a Operação Vertex, uma nova fase da Operação Maus Caminhos, que investiga a prática de crimes de corrupção passiva, lavagem de capitais e a existência de uma organização criminosa que desviou recursos milionários da Saúde do Amazonas. Há informações que carros da PF estão no condomínio Efigênio Sales, localizado no bairro Aleixo, na Zona Centro-Sul de Manaus. 

Estão sendo cumpridos 09 mandados de prisão temporária, 15 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de bloqueios de contas de pessoas físicas e jurídicas (aproximadamente 92,5 milhões de reais), 07 mandados de sequestro de bens móveis e imóveis, expedidos pela Justiça Federal, que, após parecer do Ministério Público Federal, deferiu representação do Delegado de Polícia Federal que preside a investigação.

A operação foi executada pela Polícia Federal nos Estados do Amazonas, Brasília e São Paulo. Será concedida coletiva de imprensa, às 10h, no Auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal no Amazonas.

Investigação

A investigação foi desmembrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da Operação Maus Caminhos, em razão dos indícios detectados de recebimentos de vantagens indevidas por um ex-governador, que por exercer o cargo de senador, poderia ter direito a foro por privilegiado no STF.

Em razão do entendimento do Supremo Tribunal de que foro por prerrogativa de função conferido aos deputados federais e senadores se aplica apenas a crimes cometidos no exercício do cargo e em razão das funções a ele relacionadas, o Ministro Dias Toffoli determinou a remessa da investigação ao juízo de 1ª instância, sendo que em janeiro de 2019 a investigação foi retomada.

Entre as vantagens indevidas de que se tem suspeita, teria havido entregas de dinheiro em espécie ou por meio em negócios simulados ou superfaturados, a fim de ocultar a entrega de dinheiro dissimulado por meio de contratos de aluguel e de compra e venda.

A investigação está diretamente relacionada com as outras fases da Operação Maus Caminhos, sendo elas a Operação Custo Político, Operação Estado de Emergência e Operação Cashback.

Na Operação Custo Político se apurou a prática de crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de capitais e pertinência a organização criminosa, praticados por cinco ex-secretários de estado, bem como diversos servidores públicos e o núcleo da organização criminosa desbaratada na primeira fase da operação, enquanto na Operação Estado de Emergência, completava o núcleo político do Poder Executivo estadual, tendo alcançado um outro ex-governador, que chegou a ser preso.

Por outro lado, a Operação Cashback, teve por objeto a investigação quanto ao envolvimento de outras empresas em conluio, em relação às quais, suspeita-se que foram efetuados pagamentos embasados em notas fiscais falsas, sem a correspondente prestação de serviço, além de pagamentos por serviços superfaturados.

Nome da Operação

O nome da Operação policial é sinônimo da palavra vértice e significa o ponto mais alto, o ápice, correspondendo ao alcance da investigação, que reuniu indícios robustos da prática de crimes pelo governador à época da criação da organização criminosa formada em torno do Instituto Novos Caminhos.

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