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AMAZONINO MOSTRA PREOCUPAÇÃO COM A CRISE E DIZ QUE É PRECISO ATITUDE PARA ESTIMULAR A GERAÇÃO DE EMPREGOS EM MANAUS


Manaus foi a cidade com a maior taxa de desemprego no Brasil, no primeiro trimestre de 2020, com 18,5%, conforme levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). No ápice da pandemia de Covid-19, abril e maio, foram fechados 11 mil postos de trabalho com carteira assinada, no estado, de acordo com a pesquisa. As perspectivas para o futuro também não são boas. Essa semana, a Sony anunciou que encerra as suas atividades, fechando a fábrica instalada no Polo Industrial de Manaus (PIM), no próximo ano. O cenário é preocupante, na avaliação do ex-governador do Amazonas Amazonino Mendes, pré-candidato a prefeito de Manaus pelo PODEMOS. Ele considera que será preciso atitude e sensibilidade para estimular a geração de empregos na cidade e dar tranquilidade às famílias. 

Reconhecido como um dos governantes que mais criou alternativas para a geração de emprego e renda no estado, Amazonino Mendes, que é advogado por formação, ressalta que Manaus vem sendo brutalmente atingida com os impactos da pandemia. “Desemprego é um problema que mata os sonhos das pessoas. É preciso construir formas para incentivar a geração de empregos e a distribuição de renda. Nas minhas administrações sempre procurei salvaguardar o trabalhador e fazer girar a economia, dando condições de mercado às pequenas, médias e grandes empresas. Nunca foi tão importante como agora o desenvolvimento, a criação de novos empregos”, afirmou.

Um dos maiores defensores e incentivadores do modelo Zona Franca de Manaus, Amazonino destaca que é preciso agilidade nas decisões e nas estratégicas para atrair investimentos para a região e estimular a criação de novas matrizes econômicas. Ele destaca, em especial, os projetos que utilizem os recursos ambientalmente sustentáveis da Amazônia. “A nossa floresta, que é a maior riqueza da nossa população e o mundo inteiro deseja e está querendo ajudar a preservar”, frisou, complementando que “só falar não adianta”. “Agora, mais do que nunca, tem que ter competência, experiência, vontade de fazer”, declarou o candidato, que vem liderando todas as pesquisas de intenção de votos na capital.

Durante a convenção do PODEMOS, na última quarta-feira (16/09), Amazonino, ao lado do candidato a vice, deputado estadual Wilker Barreto, salientou que o momento delicado de crise exige condução com mão firme. “Em janeiro, já temos que ficar atentos com a fome rodando os lares do nosso povo, da nossa gente. Temos que ter coragem, determinação, sobretudo criatividade, para enfrentar os flagelos. Não vai ser moleza”, frisou.

Em suas administrações, Amazonino executou programas e projetos que se tornaram referência e ajudaram a criar empregos no Amazonas e em Manaus. Como governador, lançou o Terceiro Ciclo, criado para promover o desenvolvimento do interior, beneficiando 32 municípios e 40 mil famílias, que foram contempladas com implementos agrícolas e motores rabeta, abertura de vicinais e ramais para o escoamento da produção agrícola. Também criou o Polo Graneleiro de Itacoatiara, responsável pelo estoque e exportação de soja, gerando emprego e renda no município. Criou a Agência de Fomento do Amazonas (Afeam), com linhas de financiamento para os empreendedores. 

Como prefeito, criou o Banco da Gente, com liberação de R$ 15 milhões em crédito para pequenos empreendedores, até 2010. Em todas as administrações, as obras executadas pelo poder público geraram milhares de empregos na construção civil. 

Oportunidade na pandemia

Rodrigo Araújo, 24, motoboy, relembrou o momento pelo qual passou logo no início da pandemia em Manaus. Ele relatou que tinha acabado de se empregar como atendente, em um restaurante, quando o comércio na capital foi fechado por conta da proliferação da Covid-19. 

“Eu já havia sido demitido da empresa em que estava trabalhando. Em seguida, comecei a atuar como atendente, em restaurante. Veio o auge da pandemia e encerraram todas as atividades. Eu não sabia o que iria fazer, porque tenho um filho que vai completar 2 anos, e eu tinha de dar de comer para ele. Quando soube que iria fechar lojas e restaurantes, fiquei sem chão, porque não tinha dinheiro guardado em casa. Bateu o desespero. Nosso chefe falou que quem tivesse motocicleta, poderia ficar no delivery. Foi o meu caso. Estou agora como motoboy, mas sempre preocupado porque não sabemos como será daqui pra diante”, contou Rodrigo. 

Falta atenção do poder público

Para a secretária do Instituto de Desenvolvimento Comunitário Viver Melhor (Idecovim), Ana Torre, a capital amazonense é penalizada pela ausência de políticas públicas eficazes para a geração de emprego e renda, sobretudo na qualificação e capacitação da mão de obra. Para a líder comunitária, o cidadão desempregado se sente desamparado pela ineficiência de políticas públicas voltadas para o mercado de trabalho. 

“Um dos exemplos são as pessoas que buscam a inclusão digital, mas não têm recursos. Na minha comunidade, por exemplo, nenhuma das seis escolas municipais têm telecentro, onde isso poderia ser feito. Não existe inclusão. Há um local de apoio ao trabalhador no bairro Educandos. Se eu estou desempregada, não tenho qualificação, recursos, como vou sair de onde eu estou, zona norte, para buscar atendimento no bairro de Educandos?”, questionou.

Rodrigo Araújo - motoboy.
Crédito: Aguilar Abecassis.

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