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PF AMANHECE REALIZANDO OPERAÇÃO EM CONDOMININO DE LUXO EM MANAUS


A Polícia Federal cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Manaus, na manhã desta segunda-feira (30), na terceira fase da Operação Sangria. As ações apuram o desvio de recursos públicos que deveriam ser usados no enfrentamento à Covid-19 no estado.

Nesta segunda, os quatro mandados judiciais foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). São alvos de buscas endereços residenciais e profissionais de mais dois envolvidos, inclusive a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria da Casa Militar do Governo do Amazonas. Equipes da PF estiveram em um condomínio de luxo, na Avenida Mário Ypiranga.

Com base em provas apreendidas nas fases anteriores, a investigação identificou que funcionários do alto escalão do Secretaria de Saúde do Amazonas direcionaram uma empresa para aquisição de respiradores.

A compra de 28 respiradores por quase R$ 3 milhões é alvo da investigação. Na primeira fase da operação Sangria, o governador Wilson Lima foi alvo de busca e apreensão, e oito pessoas foram presas, incluindo a secretária de Saúde da época, Simone Papaiz. Na segunda fase, foram quatro presos e o vice-governador Carlos Almeida foi alvo de busca e apreensão.

Até este domingo (29), mais de 4,8 mil pessoas morreram com a Covid-19 no estado. A Secretaria de Saúde informou, em nota, que está "contribuindo, desde o início, com a apuração dos fatos pela Polícia Federal e órgãos de controle do Estado e reitera que confia na Justiça".

Nesta terceira fase da operação Sangria, a Polícia Federal investiga a prática de crimes como organização criminosa, fraude a licitação, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.

De acordo com a PF, antes da abertura da licitação do governo para compra de respiradores, a empresa investigada adquiriu parte dos equipamentos em outro estado. A PF afirma, ainda, que o próprio Governo do Amazonas trouxe, por transporte aéreo, os respiradores adquiridos pela empresa, inclusive custeando o frete.

"Com a chegada dos respiradores pulmonares em Manaus, a empresa investigada, mediante acerto, repassou-os à empresa comercializadora de vinhos. Em seguida, houve a adjudicação da dispensa de licitação fraudulenta em favor da empresa distribuidora de bebidas, a qual entregou os produtos que a empresa investigada já tinha adquirido de fornecedores e o próprio Governo do Amazonas os transportou para Manaus no dia anterior à contratação da empresa de vinhos", detalhou a Polícia Federal, por meio de nota.

As triangulações realizadas entre as empresas investigadas aumentaram a margem de lucro ilegal dos investigados, segundo a PF.

Os indiciados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação, peculato, pertencimento a organização criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, poderão cumprir pena de até 30 anos de reclusão.

FONTE: G1 Amazonas

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