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PACIENTES DO AM SERÃO LEVADOS A OUTROS ESTADOS PARA ATENDIMENTO, DIZ WILSON


Pacientes do Amazonas serão levados a outros estados para receber atendimento médico, pois o Estado vive um colapso no sistema de saúde, com hospitais lotados e sem oxigênio para os pacientes. Nesta quinta-feira (14), médicos e acompanhantes transportavam cilindros nos próprios carros para levar aos hospitais.

A capital amazonense passa por um aumento dramático no número de casos, internações e mortes um dia depois da visita do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Na cidade, ele chegou a afirmar que cogitava aplicar uma dose de vacina para frear a contaminação e que vacina será distribuída simultaneamente em todos os estados.

De acordo com o governador Wilson Lima, os estados que devem atender pacientes amazonenses são: Goiás, Piauí, Maranhão, Brasília, Paraíba e Rio Grande do Norte. O Coronel Franco Duarte, representante do Ministério da Saúde, afirmou que serão transportados pacientes considerados na fase moderada.

"São pacientes que ainda continuam dependentes do oxigênio, mas eles têm toda a segurança plena para serem aerotransportados", disse Duarte. "O paciente do Amazonas que subir na aeronave terá toda a segurança e assistência, com cobertura até de assistentes psicossociais, para não haver falha nenhuma".

"Todos voltados para o foco no paciente, para que a gente tenha sucesso e que chegue no destino com toda a segurança e o acolhimento que o nosso doente tem que ter, que é o acolhimento de excelência", disse.

Segundo Duarte, o governo fez um estudo dos estados para decidir quais participariam do acolhimento aos pacientes para que não sobrecarregassem a rede assistencial de outros locais.

"Foi feito um estudo madrugada a dentro para que a tomada de decisão tivesse critérios objetivos, para que a gente pudesse discutir a estratégia e essa estratégia seja necessária para que nosso paciente seja acolhido com segurança. A palavra correta é essa, com segurança, ele embarcar com vida, chegar com vida e se recuperar sustentavelmente", disse.

Um dos primeiros estados a receber pacientes do Amazonas é o Piauí. Na manhã desta quinta, 30 pacientes de Manaus com Covid-19 foram encaminhados para Teresina.

Sem oxigênio nos hospitais

Uma das razões para a crise, segundo Duarte, é o consumo de oxigênio por pacientes de leitos clínicos. "Aquele paciente que não está no leito de UTI é o que consome mais, porque ele fica ao lado do regulador de oxigênio. A sensação é a falta de ar, e você abrindo o acesso ao oxigênio, você tem a sensação de bem estar, mas em contrapartida, aumenta muito essa demanda", disse.

O representante do Ministério da Saúde falou sobre a dificuldade logística de trazer o oxigênio para o Amazonas, em função da distância. Estão sendo usadas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB). E justificou o envio de pacientes para receber atendimento em outros estados. As aeronaves terão médicos e enfermeiros especializados, além de serem higienizadas.

O Secretário da Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, afirmou em pronunciamento nesta quinta feira (14) que o Estado passa por uma crise no abastecimento de oxigênio. Campêlo afirmou que o Ministério da Saúde, o governo do Estado e as Forças Armadas estão trabalhando para trabalhar no apoio logístico para a entrega de oxigênio para a rede estadual de saúde, com o transporte do gás de outros estados para o Amazonas. "Tivemos um pico de fornecimento e aumento da demanda acima do esperado".

Em média, são consumidos 30 mil metros de oxigênio, atualmente, são consumidos de 70 mil metros cúbicos de oxigênio no Estado.

"Fomos comunicados ontem [quarta-feira] à noite do colapso do plano logístico em relação a entregas, o que causara interrupção da programação", afirmou o secretário da Saúde Marcellus Campêlo, referindo-se ao recebimento do gás. "Fizemos plano de contingência considerando a elevação dos casos, mas a demanda surpreendeu um dos maiores conglomerados de gás do mundo", no caso, a empresa White Martins. "É sem precedentes essa crise".

"Desde a semana passada, o Amazonas tem feito um esforço para complementar a produção pela principal fornecedora do estado", afirmou o governador Wilson Lima. Com informações do G1 Amazonas.

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