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HOSPITAL JOÃO LÚCIO ESTA PODRE CAINDO AOS PEDAÇOS, APESAR DAS CIFRAS BILIONÁRIAS DE WILSON; DIZ DEPUTADO


Segundo dados do Portal da Transparência, o Governo do Amazonas fechou 2019 com R$ 21 bilhões, 2020 com R$ 24,984 bilhões e até junho de 2021 já arrecadou R$ 12,323 bilhões. Além disso, no último dia 14 de julho, o Governo do Amazonas obteve a aprovação da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam) para contrair dívida de R$ 1,5 bilhão junto ao Banco do Brasil. Porém, o Governo do Amazonas não prioriza a saúde e está deixando uma das suas principais unidades hospitalares, o Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, ficar carcomida, literalmente, por dentro e por fora.

As instalações do complexo apresentam rachaduras nas paredes, infiltrações no teto e em várias paredes, azulejos soltos em vários pontos da construção, buracos enormes no teto que revelam, além da sujeira, fiação precária e diversos pontos que são focos de bactérias, conforme pode ser observado nas fotos anexas.

O atual estado do hospital revela claramente que o Governo do Amazonas e, sobretudo, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) não priorizam instalações confortáveis para o que corpo clínico e funcional e oferecem péssimas condições higiênico-sanitárias para pacientes e familiares que necessitam de atendimento no local.

Ao invés de investir na área da Saúde, o Governo do Amazonas prefere utilizar gastos em outras atividades. O Portal da Transparência também revela que os gastos do Governo do Amazonas com publicidade, de janeiro de 2019 a junho deste ano, já totalizam R$ 235.969.141,62. A mesma fonte de dados informa que, em 2020 e 2021, o Governo do Amazonas gastou no Hospital Delphina Aziz a soma de R$ 374,9 milhões para manter apenas 433 leitos, enquanto os hospitais Adriano Jorge, João Lúcio, 28 de Agosto e Platão Araújo gastaram 20% menos e mantêm 1.027 leitos

O Portal da Transparência mostra que o Governo do Amazonas concentra, desde 2019, recursos exorbitantes para pagar o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), que administra o Hospital Delphina Aziz, e a Parceria Público-Privada (PPP) com a empresa Zona Norte Engenharia, Manutenção e Gestão de Serviços S.A. SPE, em detrimentos das demais unidades, que não recebem nem a metade do montante do que é destinado para o INDSH anualmente.

Em 2019, o Governo do Estado destinou R$ 82 milhões para o Adriano Jorge, R$ 43 milhões para o João Lúcio, R$ 65 milhões para o 28 de Agosto e R$ 23 milhões o Platão Araújo. Entretanto, o Delphina Aziz recebeu mais de R$ 80 milhões. Portanto, os dados revelam que, em 2019, o Governo do Amazonas gastou com o Delphina Aziz apenas 37% de tudo que foi gasto com os quatro maiores hospitais do Estado (R$ 214,9 milhões).

Em 2020, o Adriano Jorge recebeu R$ 87 milhões, o João Lúcio R$ 51 milhões, o 28 de Agosto R$ 76 milhões, o Platão Araújo R$ 27 milhões e o Delphina Aziz R$ 268 milhões. Isso equivale dizer que, em 2020, os gastos do Delphina Aziz triplicaram em relação a 2019, crescimento de exatos 233%, enquanto os gastos com os outros quatro hospitais cresceram apenas 13% (R$ 242,7 milhões).

Os dados mostram que somente as despesas com o Delphina Aziz superaram em mais de 10% a soma dos gastos de todos os outros grandes quatro hospitais do Amazonas e que o Governo do Estado gastou com o Delphina Aziz mais da metade de tudo o que gastou com os cinco maiores hospitais do Estado (R$ 510,7 milhões).


Gastos continuam em 2021

Neste ano de 2021, já foram pagos para o Delphina Aziz R$ 106 milhões, R$ 28 milhões para o Adriano Jorge, R$ 23 milhões para o 28 de Agosto, R$ 13 milhões para o João Lúcio e apenas R$ 7 milhões para o Platão Araújo. Portanto, juntos, os quatro hospitais gastaram R$ 73,9 milhões, enquanto o Delphina Aziz gastou R$ 106,9 milhões, ou seja, a unidade hospitalar, sozinha, gastou quase 45% a mais do que a soma de todos os outros grandes hospitais avaliados.

Recursos altos e poucos leitos

Durante os anos de 2020 e 2021, em valores acumulados, o hospital Delphina Aziz gastou exorbitantes R$ 374,9 milhões para manter apenas 433 leitos, segundo informações do Portal do DATASUS. O valor supera em quase 20% a quantia de R$ 316,9 milhões em gastos somados dos hospitais Adriano Jorge, João Lúcio, 28 de Agosto e Platão Araújo, os quais, juntos, mantêm e disponibilizam 1.027 leitos.

O elevado custo de manutenção do Delphina Aziz, comparado à manutenção dos demais hospitais públicos do Amazonas, revela grave equívoco de gestão que pode ter causado a morte de milhares de pessoas, por falta de leitos, durante a pandemia. Os números de leitos disponíveis nos hospitais do Amazonas, divulgados no Portal do DATASUS, comprovam que os valores gastos no Delphina Aziz, em custo/leito disponível, superam em mais que o dobro o custo/leito de estruturas hospitalares similares do Estado.


Portanto, é injustificável que o Governo do Amazonas tenha escolhido gastar R$ 374,9 milhões para manter 433 leitos, quando o mesmo valor poderia ter adicionado mais de 1.215 leitos ao sistema de saúde do Amazonas, decisão que teria mais que dobrado o número de leitos em hospitais públicos similares do Amazonas.

Atendimento desumano

Enquanto isso, o Hospital João Lúcio não disponibiliza cadeiras para as pessoas sentarem e aguardar por notícias de seus familiares adoentados. Também não há nenhum banheiro para que os parentes dos pacientes possam utilizar. Outra falha grave no hospital é a ausência de bebedouros. Só há um na recepção. Nas demais áreas do hospital, não há, inclusive, as pessoas que aguardam do lado de fora, ao sol, tem de comprar água de vendedores ambulantes e são forçados a se abrigar embaixo de algumas pequenas árvores existentes no local.

“Nós, que estamos aqui esperando as notícias do que está acontecendo com os nossos parentes aí dentro, temos de ficar no sol e aproveitar a sombra das árvores daqui”, comentou Ladis Rodríguez.

O espaço esta aberto para a assessoria de comunidade do Governo do Estado do Amazonas Wilson Lima, se manifestar sobre o assunto.

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