VIDEO: PROVA PARA MEMBROS DOS CONSELHOS TUTELARES É TOMADA POR DESORGANIZÇÃO E FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO

Foi aplicada no último domingo (13/08) na Escola Estadual de Tempo Integral Bilíngue Professor Djalma da Cunha Batista, a prova para Membros dos Conselhos Tutelares no Munícipio de Manaus, através da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (SEMASC) e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).

De acordo com denúncias, a prova foi uma verdadeira baderna, desorganização e falta de fundamentação em várias questões aplicada no certame pela Comissão Permanente de Concursos da Universidade Federal do Amazonas (Compec/Ufam).

Durante a aplicação da prova a Compec/Ufam, distribuiu cadernos iguais, salas superlotadas, conversas paralelas entre conselheiros amigos de mesma zona que exercem mandatos, não havia detectores de metais e nem fiscalização ao ir no banheiro. 

Outro problema denunciado pelos os candidatos, foram as péssimas elaborações e fundamentações das questões de Língua Portuguesa, Estatuto da Criança e Adolescentes e Informática. Nas questões objetivas, tiveram perguntas com opções repetidas.

Questões como a do ECA e Informática, tiveram perguntas fundamentadas de maneiras equivocadas sem embasamento teórico e técnico para ao assunto como mostra a foto abaixo.

O candidato Orlando Bindá, que trabalha com reabilitação de PCDs, falou através de um vídeo divulgado em suas redes sociais, das angustias e humilhações para realizar a prova e concorrer no pleito de 2023. “O que estão fazendo com está prova é uma brincadeira, é como se fosse um concurso público, para mim está errado, o candidato deveria ser eleito pelo o povo nas urnas, teria que passar por um treinamento sobre conselheiro tutelar e outras necessidades”, destacou o candidato.

A capital Manaus é uma das poucas do Brasil que ainda aplica prova para processo de escolha de Membro de Conselheiro Tutelar. Segunda a denúncia, em Manaus existe conselheiro que está há três mandados assumindo consecutivo transformando a causa em cabide de emprego, com salário superior a R$ 4 Mil reais, sem divulgação da função, em buscar de status e fazendo pouco pelas Crianças e Adolescentes da capital.

Nós não conseguimos o contatado da assessoria do CMDCA e nem da Compec/Ufam, o espaço segue aberto. A Semasc informou por meio de nota as seguintes informações:

Que as questões foram formuladas pela Comissão Permanente de Concursos da Ufam, órgão com amplo histórico de realização de concursos e certames.

Vários conselheiros que atuam juntos, lotados na mesma sala batendo papo.

As salas de aula foram mescladas por zonas de concorrência dos candidatos, seguindo orientação da Ufam.

Escola que não tinha nem detector de metais.

O Edital da Eleição para Conselheiro Tutelar não previu a necessidade de aparelho de detecção de metais nas salas de aplicação de provas.

Fiscais não estavam fiscalizando.

Haviam fiscais nas portas e no interior de todas as salas e membros da Comissão Eleitoral também percorreram todas as salas de aplicação das provas. Tanto que foram detectados pelos fiscais quatro candidatos com aparelhos celulares ligados, durante a realização das provas, descumprindo o regramento estabelecido. A Comissao Permanente de Concurso da Ufam avaliará a situação.

Retirado do ar o link para entrar com recurso antes do previsto no edital.

A Comissão Permanente de Concurso da Ufam já prorrogou o prazo para entrar com recursos até esta quarta-feira, 16/8, às 12h, por conta do apagão desta terça-feira.

Envolvimento e participação de políticos no certame.

Qualquer denúncia relacionada a essa situação deverá ser formalizada junto ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), localizado no CSU do Parque.