"SE NÃO FOR PRIORIDADE,NÃO VAI SAIR DO DISCURSO"; DIZ VEREADOR PAULO TYRONE SOBRE REORDENAMENTO DO CENTRO
“Se não for prioridade, não vai sair do discurso”. A declaração é do vereador Paulo Tyrone (PMB) durante audiência pública realizada nesta sexta-feira (13/06), no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), para discutir o reordenamento do Centro Histórico de Manaus.
O encontro reuniu autoridades, como o vice-prefeito de São Paulo, Coronel Melo Araújo, que apresentou as ações realizadas no enfrentamento da Cracolândia na capital paulista. Além dele, estiveram presentes especialistas em políticas urbanas, representantes da sociedade civil e comerciantes.
Para o vereador, é preciso encarar a revitalização do Centro como uma política pública estratégica. “O discurso de reordenamento e revitalização do Centro é antigo. A gente precisa encarar esse desafio como uma prioridade, porque só assim a gente vai conseguir manter a transversalidade e trazer todas as secretarias e entes públicos ou privados para essa discussão”, afirmou Tyrone.
Com vasta experiência na área de empreendedorismo, Paulo Tyrone destacou ainda iniciativas que já foram pensadas para a região, como a proposta de criação de um polo tecnológico no Centro, inspirado no Porto Digital de Recife.
“À época, na gestão que eu participei, nós tínhamos um projeto aqui na cidade de Manaus, que é o Polo Digital, inspirado no Porto Digital de Recife. Nós desenhamos um projeto como esse, ele seria iniciado a partir do Casarão da Inovação Cassina. A partir do Cassina nós iríamos reocupar o Centro Histórico com empresas de tecnologia, aceleradoras, incubadoras, inclusive com renúncia de receita”, detalhou o parlamentar que já atuou como subsecretário do trabalho, empreendedorismo e inovação.
Tyrone ressalta que a proposta previa incentivos fiscais não apenas para empresas de tecnologia, mas também para outras áreas, como academias, salões de beleza e restaurantes, que ajudariam a movimentar economicamente a região. “Já tem lei inclusive. O Executivo, à época, mandou algumas mensagens renunciando a receita em benefício dessas empresas de tecnologia e empresas satélites para justamente atrair as pessoas para o Centro. Não basta simplesmente desocupar, o Estado tem que chegar, porque senão, as pessoas vão voltar”, alertou.
A audiência marcou mais um passo nas discussões sobre a necessidade de integração entre poder público e sociedade civil para transformar o Centro de Manaus em um espaço seguro e economicamente sustentável.
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