A NOVA IDADE

Por Professor Rodrigo Froés

Neste 15 de agosto, inicio mais um ciclo de vida. Cada aniversário é um convite silencioso à reflexão, e este carrega um peso especial: é o primeiro sem a presença física de minha mãe, que sempre foi a raiz e a sombra acolhedora do meu caminho. Ainda assim, levo comigo seus ensinamentos, como sementes guardadas na memória, germinando em cada gesto meu como professor e escritor.

A nova idade chega com conquistas que me emocionam: um livro novo sendo publicado, premiações que reconhecem minha trajetória, e a honra da posse na cadeira de Machado de Assis na Academia Brasileira Templária de Letras. Tudo isso não é fruto do acaso, mas de um processo constante de esforço, fé e resiliência.

O tempo ensina que as lutas, os tropeços e as perdas moldam em nós uma força invisível. É essa força que me move, que me faz acreditar que cada sala de aula, cada palavra escrita, é uma oportunidade de transformar vidas. A missão de um professor é plantar sementes. Talvez não vejamos todas florescerem, mas sabemos que um dia darão frutos.

E é assim que acredito também na construção de um mundo melhor. Ele não nasce pronto. É construído pouco a pouco, com gestos simples, mas poderosos: uma palavra de incentivo, uma mão estendida, uma história contada. Se cada um de nós fizer a sua parte, regando as sementes do bem e da esperança, as gerações futuras herdarão um jardim mais justo e humano.

Neste novo ciclo, carrego comigo a certeza de que cada idade é um recomeço. Um recomeço para sonhar mais alto, servir com mais amor e acreditar que a vida é sempre um convite para semear o futuro.