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AMAZONAS É O ESTADO MAIS FLOPADO EM MÉDICO, ENFERMEIRO E LEITO DE UTI, DIZ IBGE


O Amazonas ocupava o quinto lugar do país, em 2019, entre os Estados com os menores números de médicos e enfermeiros para cada 100 mil habitantes. De acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas em Manaus eram 3.655 médicos, sendo 2.959 do SUS. O número representa 167 médicos para cada 100 mil habitantes, ou 136 médicos do SUS para cada 100 mil habitantes.

Ainda segundo o levantamento, no ano passado, o Amazonas possuía sete leitos de UTI para cada 100 mil habitantes, e era o quarto menor índice entre os Estados e Distrito Federal. Hoje, mesmo com a pandemia, não há leito de UTI disponível para a população do interior do estado e quase 90% dos municípios já possuem casos de infectados.

O levantamento foi feito com base nos números de 2019, e divulgado nesta quinta-feira (7), pelo IBGE. As informações foram obtidas pelo Instituto com a colaboração do MonitoraCovid-19 da Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ./ICICT1.

Atualmente, em meio à pandemia do novo coronavírus, o governo chegou a aumentar a estrutura e o número de leitos nos quatro hospitais do estado que atendem pacientes com Covid-19. No entanto, a taxa de ocupação desses leitos oscila em torno dos 90%, com quase seis mil casos da doença registrados somente em Manaus. No estado, são mais de 10 mil casos confirmados.

Os dados apontam ainda que, no ano passado, havia 20 respiradores para cada 100 mil habitantes, colocando o Estado em 9º lugar no ranking dos piores índices.

Embora o Amazonas esteja adquirindo respiradores e recebendo outros como apoio e doações, médicos relatam que não há respiradores para atender a todos os pacientes e que muitas vezes são obrigados a escolher quem vai ter acesso ao equipamento.

Nesta quinta (7), a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) abriu 16 vagas em Chamamento Público Emergencial para Contratação Temporária de profissionais de saúde, com objetivo de atender as necessidades do combate à Covid-19.

Outros 581 profissionais, segundo o Ministério da Saúde, estavam previstos para chegar a Manaus no último domingo (3) para reforçar o atendimento a pacientes com Covid-19 no Amazonas.

Médicos e enfermeiros

O IBGE estima que o Amazonas registrou uma população com cerca de 4,1 milhões de habitantes em 2019. O índice de distribuição espacial de médicos foi de 111 a cada 100 mil habitantes, seguido do Acre (108), Amapá (95), Pará (85) e Maranhão (80).

O Distrito Federal apresentou o maior índice tanto para médicos, quanto enfermeiros, por população estimada, com 338 médicos e 198 enfermeiros a cada 100 mil habitantes.

Em relação a quantidade de enfermeiros, o Amazonas possui índice de 102, seguido de Sergipe (101), Goiás (101), Alagoas (100) e Pará (75). Dentre esses Estados com menores índices, o Pará apresenta maior população (8.602.865 habitantes).

Os dados consideram a distribuição espacial total de médicos (nas redes SUS e particular), no ano de 2019, e a população estimada para o mesmo ano.

Respiradores/Ventiladores

De acordo com o levantamento, o Distrito Federal apresentou o maior índice de respiradores em relação aos Estados, com 62 respiradores a cada 100 mil habitantes. Por outro lado, os Estados que apresentaram os menores índices de distribuição de respiradores a cada 100 mil habitantes foram o Acre (16,3), Alagoas (15,2), Maranhão (13,9), Piauí (13,7) e Amapá (10,4). Dentre esses Estados com menores índices, o Maranhão é o que apresenta maior população (7 075 181 habitantes).

O Amazonas possuía 20 respiradores a cada 100 mil habitantes, e era o nono Estado com menor índice.

Leitos de Unidades Terapia Intensiva – UTI

A partir da análise das Unidades Federadas, o Distrito Federal apresentou o maior índice de leitos de UTI em relação aos Estados, com aproximadamente 30 leitos de UTI a cada 100 mil habitantes. Os Estados que apresentaram as situações mais críticas de distribuição espacial de leitos de UTI a cada 100 mil habitantes foram Piauí (7,1), Amazonas (7,0), Acre (5,4), Amapá (5,4) e Roraima (4,1).

Fonte: G1 Amazonas

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