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DANÇARINA DE HIP-HOP ACUMULA, EM POUCO TEMPO DE CARREIRA, DIVERSOS PRÊMIOS EM UM MOVIMENTO ARTÍSTICO PREDOMINANTEMENTE MASCULINO


Jovens artistas afro-americanos deram início, na década de 70, nas áreas mais afetadas pela recessão econômica daquele período no sul do Bronx, ao movimento hip-hop, uma cultura urbana complexa, composta inicialmente de quatro elementos – DJ (disc jockey), MC (mestre-de-cerimônias), B-Boying (a arte de dançar break) e graffiti – e que se espalhou pelo mundo todo. E foi nesse universo, predominantemente masculino, que surgiu em 2016, no bairro Jorge Teixeira, na zona leste de Manaus, a B-Girl Vivi, detentora de vários títulos de melhor dançarina em competições na capital e no interior do Amazonas.

Seu nome de batismo é Viviane Nascimento Alves, possui 23 anos de idade e pratica dança somente há quatro anos. Mas, desde 2018, quando tinha apenas dois anos que estava atuando no movimento, começou a ganhar os primeiros prêmios: 1º lugar na Batalha MHD 2018, em Manaus; 2º lugar no Urban Dance Just The Battle, também em Manaus, em 2018. No ano seguinte, obteve o título de vice-campeã 6 versus 6 da Batalha Tribo x Tribo, na capital. Ainda em 2019, foi eleita B-Girl do ano em Manaus.


“Comecei a me interessar por aprender a dançar porque via uns amigos treinando em frente da minha casa. Eu nunca sofri preconceito pelo fato de ser mulher e participar de crews. Pelo contrário, comigo foi super tranquilo porque os amigos me ajudaram bastante, como o B-Boy Doug, que me ensinou praticamente tudo o que eu sei e o B-Boy Roxo, que sempre me ajuda quando eu peço que ele me ensine algum movimento. Mas, por outro lado, eu sei de histórias de B-boys que têm preconceito sim, mas graças a Deus isso nunca aconteceu comigo”, comenta Vivi.

No interior do Amazonas, Vivi também obteve premiações. Foi a segunda colocada como B-Girl, disputando na modalidade 1 versus 1 do evento Grito da Periferia, em 2019, no município de Parintins. Nesse mesmo evento, obteve o segundo lugar na modalidade 3 versus 3. Em 2020, obteve o 1º lugar na Caravana da Juventude Manaus/Coari, evento realizado em Manaus. Em plena pandemia, ela participou da Batalha Internacional Blowyourstyle Battle Online. “Participei e fiquei entre as Top 35 de 150 B-girls”, informa a artista.


Ela também participou de outros eventos no interior do estado, como o Seven to Smoke MHI, movimento de hip-hop de Iranduba, em 2019. E já atuou como jurada de breaking, em Santarém, município do Pará, em dois anos seguidos, 2018 e 2019.

*B-Girl Vivi na fila do pão –* A trajetória da dançarina é o foco da entrevista que será exibida nesta quarta-feira (23/12) no programa “Quem é você na fila do pão?”, apresentado pela personagem Filó, a Básica, interpretada pelo ator e diretor Paulo Queiroz. O programa é exibido no Instagram (@quemevoce.nafiladopao), Facebook (Quem é você na fila do pão?) e YouTube (Quem é você na fila do pão?). B-Girl Vivi participa como entrevistada na categoria Hip-Hop.

O programa de entrevista integra o projeto cultural “Quem é você na fila do Pão? – Edição Norte-Sul/Leste-Oeste”, concebido por Paulo Queiroz. A iniciativa foi contemplada na Lei Aldir Blanc, no edital do Prêmio Manaus de Conexões Culturais 2020, na categoria Teatro, da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) da Prefeitura de Manaus.

Padrinho artístico – No projeto “Quem é você na fila do Pão? – Edição Norte-Sul/Leste-Oeste”, B-Girl Vivi é afilhada de Maykon Andrade, conhecido no meio artístico como B-Boy Mayking. Ele é articulador da cultura hip-hop há 15 anos, é diretor do portal Hip Hop AM, é coreógrafo e produtor cultural na empresa Nativos Crew Produções e idealizou os seguintes eventos: Festival Batalha da Hora, Festival Tribo versus Tribo, Ponto Cultural e Dia Mundial do Hip-Hop.

B-Boy Mayking obteve experiências regionais e nacionais competindo em grandes eventos de hip-hop, dentre eles a Batalha Amapá, em 2009; Battle of the Year, em 2010; Red Bull Bc One Cypher, em Belém, em 2012; e Battle Shaddai, na Ilha Margarita, na Venezuela, em 2014 e 2015. Atualmente, cursa Dança na Escola Superior de Artes e Turismo (Esat) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Equipe técnica do projeto – A equipe técnica do projeto é composta por Paulo Queiroz (direção e intérprete de Filó, a Básica), Narda Telles (produção), Denys Cauper (assistente de produção), Thiago Queiroz (assistente de produção), França Viana (assistente de produção), Alê Ferraz (design e identidade visual), Chamel Flores (cinegrafia, fotografia e edição de imagens), Eugênio Lima (maquiagem), Jonatas Sales (figurinos), Cleide Monteiro (costureira) e Guilherme Gil (assessoria de comunicação).

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