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A ANSIEDADE DE MÃES DE AUTISTAS/PCDs EM MEIO A PANDEMIA DA COVID-19 EM MANAUS


Um grupo de mulheres militantes, mães de autistas de diversas ONGs e movimentos na cidade de Manaus, se reuniram nas redes sociais para contar o que elas enfrentam há quase um ano, desde a chegada da pandemia da Covid-19, que já matou mais de 5 mil pessoas na capital amazonense.

Por mais que já tenhamos avançado quanto as informações em torno do coronavírus, sabemos que o isolamento acaba trazendo diversos transtornos à vida de todos, mas este momento para os pais de crianças autistas e para as mesmas principalmente, o isolamento tende a ser um pouco mais complicado.

Sabemos que não existe nada fisicamente que diferencie um autista dos demais em relação ao coronavírus. Não há no autismo características relacionadas a menor imunidade, que os torne mais vulneráveis aos danos. Contudo, o problema vem nos aspectos sociais e comportamentais da criança com autismo.

Fabiana Braga mães de quatro filhos, dois foram diagnosticado com Autismos, ela conta a luta diária enfrentada neste período da pandemia: "Luto todos os dias pela conscientização dos nossos direitos na sociedade e com a pandemia, todas nós mães de PCDs, ficamos muito ansiosas e com medo, se casos a gente faltamos para essas crianças. Os autistas são totalmente dependente da gente mães, e nós deveriam ser sim grupo prioritário junto com os profissionais da saúde, os governantes deveria ter a conscientização com relação á isso, nós não temos com quem deixar nossos filhos"; alertou.


Para Ludimila Reis, que é mãe de duas crianças com Autismo, uma delas também tem TDAH, a pandemia trouxe uma mudança brusca de rotina, e quem convive com uma criança com Autismo ou TDAH, sabe que rotina é algo fundamental no acompanhamento delas. 

"A falta da rotina escolar, terapêutica e de lazer, trouxe muito mais isolamento e ansiedade para elas, no caso dos autistas, mais estereotipias, mais crises e desregulação, um regresso triste e frustrante para todos nós pais e cuidadores. O isolamento social inesperado e sem aviso prévio, não nos preparou para o grande desafio de mantê-los 24hs dentro de casa e sem qualquer tipo de assistência. Apesar de todo peso e esgotamento físico e emocional, nós familiares destas crianças e pessoas especiais, tivemos que aprender a tirar forças de onde não tinha e lutar duras batalhas sozinhos. Deus foi e continua sendo nosso único refúgio, que tem nos mantido de pé; diz Ludmila.


De acordo com as mães, a população PCDs de um modo geral é esquecida, ela só aparece em datas especiais e comemorativas trazendo propagandas bonitas e ilusórias, pelo menos no que se refere a grande massa de pessoas. Onde estão as ONGs? Onde estão as políticas públicas e os programas de acolhimento? Onde políticos eleitos pelo povo? Onde estão aqueles que se não por amor ou empatia, por obrigação teriam que fazer algo para diminuir o sofrimento destas famílias aflitas, nesse momento crítico que atravessamos?


Ednelsa Araujo, mães de duas crianças PCD, destaca a importância da vacina como prioridade para a população com deficiência, os benefícios que vai trazer para as crianças e os responsáveis nesse período delicado do Coronavírus. "Sem duvidas vai aumentar as expectativas de vida para meus filhos, e é muito importante, para as crianças autistas ou com qualquer outra deficiência. Meu filho não fala e nem anda, é uma luta diária, espero que Deus toque o coração para nós mães sermos vista pelas autoridades, não é justo chegar a vacina e a gente passar como despercebidas; frisou dona Ednelsa. 

CRONOGRAMA DE VACINAÇÃO

Em Manaus, inicialmente, serão imunizados cerca de 28 mil profissionais da saúde que estão na linha de frente.A segunda fase da vacinação ainda não tem data para início. Será destinada aos idosos com mais de 60 anos, que correspondem a um total de 251.080, segundo estimativa do IBGE.A terceira fase será dedicada às pessoas com comorbidades, quando devem ser imunizados 202.608 amazonenses.


Na quarta fase serão imunizados integrantes de povos e comunidades ribeirinhas, quilombolas, pessoas com deficiências permanente grave, pessoas com deficiência institucionalizadas, funcionários do sistema de privação de liberdade, população privada de liberdade, forças de segurança e salvamento, forças armadas, pessoas em situação de rua, trabalhadores da educação básica e superior, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário, do transporte aéreo, portuários e aquaviário.

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