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EM FISCALIZAÇÃO, DEPUTADOS WILKER BARRETO E DERMILSON CHAGAS CONSTATAM ESTOQUE CRÍTICO DE MEDICAMENTOS E SITUAÇÃO "DESUMANA NO HPS JOÃO LÚCIO


Os deputados estaduais Wilker Barreto e Dermilson Chagas realizaram nesta segunda-feira, 6, uma fiscalização no Hospital e Pronto Socorro (HPS) Dr. João Lúcio, localizado na Zona Leste de Manaus. Durante a vistoria, os parlamentares constataram várias irregularidades na unidade hospitalar, como a presença de leitos nos corredores, a falta de medicamentos, o estoque crítico de itens essenciais, bem como o atendimento desumano dos pacientes e a péssima estrutura do local.

A situação precária da unidade ainda envolve a falta de luvas, máscaras, álcool em gel, medicamentos como Cloreto de Potássio (Soro) zerado e itens como Metaclopramida (Plasil) em estoque crítico. Além disso, macas sem colchões, ausência de lençóis e pacientes enfileirados nos corredores. Todos esses problemas foram encontrados pelos deputados.

Para Wilker, o hospital apresenta falhas de estruturas contínuas, longe de uma unidade considerada referência em neurocirurgia e politrauma no Amazonas. O parlamentar aproveitou para criticar a ausência do diretor do João Lúcio durante a fiscalização no local.

“Vimos aqui o descaso e o abandono que se encontra o hospital. Pacientes dormindo em cima de ferro, hoje os corredores são leitos oficiais do João Lúcio, faltam medicamentos importantíssimos, não tem soro, enfermaria sendo dividida entre homens e mulheres juntos. Isso indigna porque é um hospital que recebeu mais de R$ 14 milhões em recursos”, criticou Barreto, frisando o pagamento de R$ 14.690.675,98 feito pelo Governo para a reforma do HPS João Lúcio, desde 2020.

Já Dermilson aproveitou para salientar a péssima estrutura do local e lamentou o péssimo serviço oferecido para os pacientes do HPS João Lúcio. “Um contrato superfaturado denunciado por e o que vimos aqui é um telhado que não foi dado uma manutenção adequada, na primeira chuva o teto desabou, constrangendo o paciente que já não é bem atendido e os funcionários. Isso é um grande desrespeito com a população. Uma estrutura dessa não era para estar assim”, ponderou Chagas.

Diante dos inúmeros problemas, Wilker avisou que irá acionar os órgãos de controle para denunciar tanto as irregularidades encontradas quanto o aporte dos mais de R$ 14 milhões investidos e que não refletem na atual condição que se encontra o hospital. “Vamos procurar os órgãos de controle e, na questão dos R$ 14 milhões já pagos, iremos provocar o TCE para que um setor de engenharia possa comprovar a aplicação dos recursos, acompanhados de nós, deputados estaduais”, explicou Wilker.

Barrar deputados

Ao chegarem no local, Wilker e Dermilson foram informados pela direção do hospital, por telefone, que uma “recomendação” do Ministério Público impediria a entrada dos deputados nas dependências da unidade, ferindo a prerrogativa do exercício parlamentar. De acordo os parlamentares, a direção do João Lúcio informou que o MP recomendou que deputados estaduais precisam de “autorização” do Parlamento estadual para vistoriar unidades hospitalares. O ato de barrar pegou de surpresa Wilker e Dermilson, que acionaram os policiais da Casa Militar da Casa Legislativa.


Após uma hora de espera, os parlamentares iniciaram a fiscalização na unidade hospitalar.

“Recomendação do Ministério Público não tem força de lei, ligamos para a Procuradoria da Assembleia e para o Procurador Geral de Justiça e não tem nenhum pedido do MP contra dois deputados. Se um deputado não puder fiscalizar órgãos públicos, acabou o mandato, melhor fechar a Assembleia”, ponderou Barreto.

Já Dermilson achou a recomendação “estranha” e afirmou que irá se reunir com os órgãos de controle. “Eu não vi nenhuma ação de nenhum órgão chamando atenção do secretário, processando o governador e agora vem uma notícia de que houve uma recomendação. Mas desculpa, em respeito às instituições, recomendação não é lei e não fomos notificados em nenhum momento dessa decisão”, finalizou.

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