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CONHEÇA OS 10 MAIORES CASOS MUNDIAIS DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Tem vezes em que reclamar no SAC não adianta. Esses são casos que envolvem lesões, acidentes graves e até mortes, e acabaram gerando indenizações milionárias. Justamente por isso, fizeram história. Conheça-os.



10. Um mero parafuso

QUANDO – 1997

RÉU – Harley Davidson

INDENIZAÇÃO – US$ 9,9 milhões

Em agosto de 1991, um parafuso defeituoso enguiçou o sistema que mantinha fixa a velocidade da moto do norte-americano Thomas Molinaro. Impedido de desacelerar durante uma curva, ele foi arremessado a mais de 27 m de distância quando o veículo chocou-se com uma árvore. O acidente o deixou sem uma perna e com disfunção erétil permanente.
9. Efeitos colaterais

QUANDO – 2011

RÉU – Johnson & Johnson

INDENIZAÇÃO – US$ 10 milhões

A norte-americana Brianna Maya tinha pouco mais de 3 anos quando seus pais lhe deram o anti-inflamatório Motrin para tratar uma crise de febre e tosse. O resultado foi bem diferente do esperado: a garotinha teve queimaduras em 84% do corpo e ficou cega de um olho. A família processou o fabricante do remédio, na corte da cidade de Filadélfia, por não alertar sobre os riscos.

8. Falha mecânica

QUANDO – 2005

RÉU – Teledyne Continental Motors, Vibratech Inc., Stevens Aviation e RAM Aircraft

INDENIZAÇÃO – US$ 26 milhões

David e Ann Drye morreram num desastre de avião particular na cidade de Concord, EUA, em 1999. O órgão norte-americano incumbido de investigar acidentes aéreos descobriu que um defeito de fabricação causou pane no motor pouco depois da decolagem. A Teledyne teve de pagar a maior parte da grana: US$ 20 milhões.

7. O cinto travou

QUANDO – 2003

RÉU – Honda

INDENIZAÇÃO – US$ 38 milhões

Em 1992, um acidente lançou o Honda Civic de Karen Norman na baía de Galveston, nos EUA. Segundo a testemunha Josel Woods, que também estava no automóvel, Karen não conseguiu escapar porque seu cinto de segurança deu defeito e não destravou. Ela acabou morrendo afogada. Seus pais foram indenizados quase 11 anos depois, em fevereiro de 2003.
6. A culpa do vício

QUANDO – 2010

RÉU – Philip Morris

INDENIZAÇÃO – US$ 39 milhões

Se você começa a fumar e se torna viciado, de quem é a culpa? Em novembro de 2009, a norte-americana Cindy Naugle, então com 60 anos, processou o fabricante dos cigarros que havia consumido por 25 anos – e que lhe causaram enfisema pulmonar. O júri popular definiu uma indenização de US$ 300 milhões, mas, em fevereiro de 2010, o juiz que presidia o caso a considerou abusiva e reduziu seu valor.

5. Tênis mágico

QUANDO – 2012

RÉU – Skechers

INDENIZAÇÃO – US$ 40 milhões

Esse foi o valor total das várias indenizações que a empresa Skechers teve de pagar a quem adquiriu pares de tênis do modelo Shape-up. A propaganda dizia que seus usuários ganhariam músculo e perderiam peso sem precisar se exercitar, o que foi considerado mentira pela Comissão Federal de Comércio. O órgão até criou um site em que se podia se inscrever e pedir a grana: ftc.gov/skechers.


4. Tarde demais

QUANDO – 2002

RÉU – Philip Morris

INDENIZAÇÃO – US$ 82,5 milhões

Outro caso ligado aos malefícios do cigarro. A empresa Philip Morris foi condenada pelo júri popular da Justiça da Califórnia a pagar US$ 3 bilhões à família do fumante Richard Boeker, após um processo iniciado em 2001. O juiz diminuiu a multa para US$ 82,5 milhões. Mas Boeker nem pode aproveitar o dinheiro: morreu de câncer no pulmão pouco depois do veredito.


3. Aluguel racista

QUANDO – 2011

RÉU – Countrywide Financial Corporation

INDENIZAÇÃO – US$ 335 milhões

Esse foi o valor total das indenizações impostas à Countrywide, uma das principais empresas norte-americanas de crédito imobiliário. O motivo? Preconceito racial. A Justiça do país investigou que, entre 2004 e 2008, cerca de 200 mil afro-americanos e hispânicos pagaram mais pelos aluguéis de imóveis e empréstimos do que clientes brancos.

2. Prejuízo em dobro

QUANDO – 2012

RÉU – Toyota

INDENIZAÇÃO – US$ 1,1 bilhão

A montadora japonesa teve de organizar um enorme recall nos EUA para recolher 16 milhões de carros. Os modelos Lexus e Scion tinham um defeito no acelerador que os fazia ganhar velocidade mesmo que o motorista não pressionasse o pedal. O caso doeu duas vezes no bolso: além da indenização, a empresa estimou que o recall e a queda nas vendas lhe custaram US$ 2 bilhões.

1. Inimigos do peito

QUANDO – 1994

RÉUS – Dow Corning, Baxter International e Bristol-Myers Squibb

INDENIZAÇÃO – US$ 3,75 bilhões

Imagine fazer uma cirurgia plástica e ganhar, “de brinde”, problemas como artrite, esclerodermia, lúpus e síndrome de Sjögren. Foi o que aconteceu com cerca de 12 mil norte-americanas que, após receberem próteses de silicone nos seios, desenvolveram doenças autoimunes – decorrências da baixa tolerância do organismo a componentes do próprio corpo. Uma equipe de advogados que representava todo o grupo conseguiu esse acordo, um valor recorde, que gerou compensações individuais entre US$ 105 mil e US$ 1,4 milhão.

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