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FLAMENGO: HOJE NOS EUA, CAMPEÃO BRASILEIRO REVELA BASTIDORES DA CONQUISTA DE 2009


A conquista do Campeonato Brasileiro pelo Flamengo não sai da memória de Kléberson. Mesmo dez anos depois do título, o ex-volante, que hoje mora nos Estados Unidos, se emociona ao se recordar das lembranças do Maracanã lotado empurrando a equipe.

O ex-jogador, que venceu a Copa do Mundo de 2002 pela seleção brasileira e vencedor do Prêmio ESPN Bola de Prata Sportingbet pelo Athletico-PR, chegou à Gávea depois de sair do Besiktas, da Turquia.

“Em 2007, a diretoria do Fla me procurou e disse que gostaria de contar comigo. Como eu tinha saído com quebra de contrato da Turquia, fui suspenso pela Fifa e não poderia jogar. Assinei o contrato e treinei até o fim do ano. Convivi com o time do Joel Santana, que deu uma arrancada até se classificar para a Libertadores”, disse, ao ESPN.com.br.

Kléberson só estreou em 2008, mas o sonho de vestir a camisa rubro-negra vinha de muitos anos antes.

“Quando eu era pequeno tinha o jogo de atuar em um clube grande do Brasil. O Flamengo era um dos times que eu mais gostava, ao lado do Athletico-PR e do Corinthians. Tinha muita vontade de jogar no Maracanã lotado com mais de 100 mil pessoas”, garantiu.

O Fla vinha de um jejum de 17 anos sem conquistas do Brasileiro.

“A torcida nos cobrava muito, e o Fluminense vinha crescendo bastante. Lembro que tivemos vários problemas administrativos e com jogadores. A torcida invadiu o campo algumas vezes. São coisas que acontecem quando as coisas não estão bem”, afirmou.

Depois de uma temporada sem tanto brilho, o Fla venceu o Carioca de 2009. Jogadores como Adriano e Petkovic, que estavam desacreditados, chegaram no decorrer da temporada.

O problema é que os bastidores do clube da Gávea ferviam por causa do mau relacionamento do técnico Cuca com o elenco. A equipe não vinha bem no Brasileiro, e o treinador caiu no dia 23 de julho, antes da 14ª rodada do torneio.

Andrade assumiu o cargo de forma interina, quando o time estava na 11ª colocação do Campeonato Brasileiro, com 17 pontos.

“Depois que o Cuca saiu, os jogadores começaram a ter mais controle no grupo. A diretoria estava em um período de avaliação de treinadores porque não poderiam errar na escolha. Mas começamos a ganhar os jogos e os atletas estavam felizes. O Andrade soube entender o que os jogadores precisavam e queriam”, explicou.

“Era uma pessoa muito carinhosa e carismática. O elenco abraçou o projeto junto com ele. Acho que partiu mais dos jogadores contarem com a permanência do Andrade”, afirmou.

Em pouco tempo, o Flamengo começou uma arrancada para buscar as primeiras posições do Brasileiro.

“Nós jogamos quase todo o tempo pensando em sair de uma situação ruim na competição. O que fez nossa cabeça mudar foi a torcida. Eles enchiam o Maracanã em todos os jogos e nos inflamavam. Quando a gente jogava, a cidade ficava vermelha e preta. Íamos muito felizes para jogarmos o melhor futebol possível”, recordou.

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