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NOVEMBRO AZUL: PSA E TOQUE RETAL SE COMPLEMENTAM NA DETECÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA


Por medo ou por puro preconceito, uma parcela da população masculina opta por não fazer o exame de toque retal, quando chega à faixa-etária indicada pela Sociedade Brasileira de Urologia (a partir dos 50 anos). Mas, é importante frisar que o exame de PSA (Antígeno Prostático Específico), feito através da análise sanguínea, e que geralmente é a primeira opção dos homens para rastrear possíveis alterações na próstata, inclusive o câncer, pode falhar.

“Por isso, alertamos que os dois exames se complementam. Quando um falha, o outro, geralmente, aponta a suspeita, sugerindo a necessidade de uma biópsia para diagnosticar ou descartar a presença de doença maligna”, explica o cirurgião urologista da Urocentro Manaus, Dr. Giuseppe Figliuolo.

A próstata está localizada profundamente na região pélvica, atrás do reto, embaixo da bexiga e atravessada pelo canal da uretra. Segundo Giuseppe Figliuolo, no Brasil, os tumores malignos de próstata estão em segundo na tabela de incidência, quando se trata da população masculina, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma.

No Amazonas, o câncer de próstata figura em primeiro lugar, com previsão de 580 casos, aponta a última projeção do Instituto Nacional do Câncer (Inca), subordinado ao Ministério da Saúde (MS).

Falhas

Em cerca de 20% dos casos, o PSA falha ao não apontar alterações na próstata. É um percentual considerado alto, segundo o especialista. “Nesses casos, quando a alteração for sugerida, a doença já pode ter avançado. Mas, em casos nos quais associamos o PSA e o toque retal, conseguimos constatar algum problema em 95% dos homens”, assegurou.

Isso porque, a maioria dos tumores de próstata fica localizada na parte externa ou zona periférica da glândula, local onde é possível identificar alterações através do toque retal. O exame é rápido, indolor e pode ajudar a salvar vidas.

Tratamento

“Quando observamos alguma alteração mais cedo, as chances de sucesso no tratamento podem chegar a 95%. Além disso, quando menor o tumor, menos invasivo será o tratamento”.

Dos tumores de próstata, os adenocarcinomas são maioria: 95%. Os outros 5% são carcinomas, tipos considerados raros neste universo. Os tratamentos podem ser cirúrgicos (cirurgia aberta, videolaparoscópicas ou robóticas), ou podem ocorrer através de radioterapia, quimioterapia e uso de bloqueadores hormonais.

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