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SENSAÇÃO DE BEXIGA CHEIA PODE INDICAR QUADRO DE ESTENOSE URETRAL


Aquela sensação constante de líquido retido na bexiga, mesmo após fazer xixi, pode ter várias explicações. Uma delas, comum tanto em homens, quanto em mulheres, é a estenose uretral, uma alteração que tem como principal característica o estreitamento da uretra (através de cicatrização inadequada). O canal é ligado à bexiga e é responsável pelo esvaziamento dos líquidos contidos nela.

De acordo com o cirurgião urologista da Urocentro Manaus, Prof. Dr. Giuseppe Figliuolo, a redução do fluxo urinário, ou, em casos mais extremos, a interrupção completa da saída da urina, merece atenção redobrada, pois pode resultar em várias outras complicações, tais como infecções no trato urinário, processos inflamatórios mais complexos e insuficiência renal obstrutiva. 

“Há situações que pedem uma abordagem imediata, e que consideradas urgências urológicas, já que não há possibilidade de esvaziamento orgânico da bexiga”, destaca Figliuolo.

Ele explica que o problema é mais comum em homens, em decorrência do aumento da próstata, o que acaba comprimindo a uretra, e da própria extensão do canal, que é superior à das mulheres. O diagnóstico, de acordo com ele, é feito através de avaliação clínica por um médico urologista, e inclui a realização de exames físicos que apontam, por exemplo, a dificuldade de introdução de sonda vesical. Também são indicados exames radiográficos, cistoscopia, uretrocistoscopia, entre outros.

O especialista destaca que há tratamento para a alteração. Ele pode incluir a dilatação da uretra, para corrigir o problema, e também abordagens cirúrgicas, em casos mais avançados.

A uretroplastia é um dos procedimentos indicados. A abordagem cirúrgica consiste na ressecção de tecidos ao redor da uretra e posterior passagem de sonda, permitindo a eliminação de líquido. Ela também pode servir para a reconstrução do tecido afetado, melhorando a qualidade de vida do paciente.

“A estenose uretral é um problema de saúde que, geralmente, afeta o convívio social dos pacientes. Isso porque, quando agravado, ele resulta em dores constantes e mal-estar. A correção com o tratamento adequado, que em casos simples pode ser feita apenas com o uso de medicamentos, garante o retorno às atividades do dia-a-dia e uma vida normal aos pacientes”.

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