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OBESIDADE POTENCIALIZA RISCOS DE DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DE MAMA


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, no último dia 21, pesquisa que aponta que o número de pessoas adultas obesas no Brasil mais que dobrou nos últimos 17 anos, passando de pouco mais de 12%, para 26,8%. Outro dado importante revelado pelo estudo é que 61,7% da população com mais de 20 anos, está com sobrepeso, sendo as mulheres maioria nessa estatística.

O vice-presidente da Liga Amazonense Contra o Câncer (Lacc), mastologista Jesus Pinheiro, alerta que o dado preocupa, uma vez que a obesidade potencializa as chances de desenvolvimento de várias outras doenças, como o diabetes, a hipertensão e vários tipos de câncer, entre eles, o de mama, alteração considerada a de maior incidência no mundo entre as mulheres quando se trata de neoplasias malignas.

O câncer de mama, que neste mês está em evidência através do Movimento Mundial Outubro Rosa, tem na obesidade uma forte aliada, a qual torna a doença mais prevalente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Isso porque, além de levar a processos inflamatórios crônicos, muitas vezes não observados a olho nu, mas notado através de dores em várias partes do corpo, a obesidade altera os níveis hormonais. “A gordura, ou tecido adiposo, produz hormônios e mediadores químicos que, em excesso, podem favorecer a ocorrência do câncer de mama. Na menopausa, esse risco é aumentado ainda mais”, destaca Jesus Pinheiro.

Um estudo recente, desenvolvido na Dinamarca, comparou mulheres com câncer de mama que apresentaram um IMC (Índice de Massa Corpórea) de 25, às que tinham IMC de 30. Essas últimas, que em sua maioria estavam na menopausa, apresentavam tumores maiores, mais agressivos e mais invasivos também, o que implica em tratamentos mais agressivos e, em algumas situações, na retirada parcial ou total das mamas cirurgicamente (mastectomia).

“O câncer de mama não entra em sua totalidade na lista das neoplasias chamadas esporádicas (aquelas provocadas por fatores externos, como alimentação, bebidas, etc). Cerca de 90% dos casos são considerados esporádicos e10% estão relacionados a fatores genéticos, hereditários. Por isso, o ideal é evitar o sobrepeso, o fumo, bebidas alcoólicas e alimentos industrializados. É uma regra geral, que ajuda a prevenir outros tipos de câncer também, além de doenças cardiovasculares”, destacou Pinheiro.

Membro da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), ele reforça a importância da realização anual do rastreio, feito através do exame de mamografia, indicado para mulheres com 40 anos ou mais. Mulheres com menos idade, que possuem casos de câncer de mama na família, devem iniciar o exame aos 35 anos, por conta do fator hereditário. As demais podem se submeter à ultrassonografia mamária, que pode ajudar a detectar alterações que sugerem a necessidade de uma investigação mais aprofundada.

“Se detectado cedo, o câncer de mama tem maiores chances de cura. Além disso, na forma precoce, o tratamento para a doença é menos agressivo”, explicou o especialista.

Sobre a Lacc

A Lacc é uma ONG com mais de 60 anos de atuação no Amazonas, prestando suporte a diversas ações de prevenção e assistência da FCecon e absorvendo pacientes em situação de vulnerabilidade, através de seus programas sociais. Para ajudar a instituição a manter o trabalho desenvolvido, basta acessar o site www.laccam.org.br e se cadastrar como doador, ou, ligar para o (29) 2101-4900 e agendar a doação e o mensageiro da ONG vai até a residência buscar a ajuda financeira. O contato também pode ser feito pelo whatsapp (92) 999776294.

Além disso, a Lacc dispõe de uma conta bancária para transferências onlines ( especificações: Liga Amazonense Contra o Câncer – LACC CNPJ: 04.499.182/0001-48 Banco: Bradesco / Agência: 0482-0 / Conta Corrente: 691.017-3) e da modalidade de boleto bancário ( https://lacc.doaeacao.com.br ), para quem preferir.

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