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GLOBO E DRAUZIO VARELLA SÃO CONDENADOS A INDENIZAR EM R$ 150 MIL PAI DE MENINO MORTO


A Rede Globo e o médico Drauzio Varella foram condenados em primeira instância pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a pagar R$ 150 mil ao pai de uma criança de 9 anos, morta pela detenta Suzy de Oliveira, que teve sua história mostrada no Fantástico em uma reportagem de 2020.

As informações são da coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.

De acordo com a publicação, a juíza Regina de Oliveira Marques, acolheu a ação do pai do garoto, que pedia indenização por dano moral, por acreditar que a detenta recebeu "piedade social" ao ser abraçada por Drauzio Varella na reportagem, enquanto ele sofreu um novo abalo psicológico por reviver o caso.

A magistrada entendeu que a reportagem foi negligente ao não ter tido conhecimento dos crimes praticados pelos entrevistados, causando assim uma confusão no telespectador.

“Qualquer expectador foi induzido erroneamente a acreditar que os entrevistados seriam meras vítimas sociais, devendo ser ressaltado que, mesmo se tratando os entrevistados de autores de crimes contra o patrimônio e sua sexualidade, não implicaria em serem assim tratados, já que perniciosos à sociedade como um todo”, postulou a juíza.

A emissora não se pronunciou sobre o assunto. Drauzio Varella afirmou que também não comentará a decisão. Os envolvidos ainda podem recorrer da decisão.

A reportagem exibida pela Globo no dia 1º de março de 2020 falava sobre o preconceito e abandono de detentas transsexuais em unidades prisionais masculinas.

A história de Suzy causou comoção na web e a detenta chegou a receber mais de 324 cartas e presentes. Uma semana depois foi descoberto o quê levou a transexual à prisão, a morte de uma criança de 9 anos em 2010, após um estupro e um estrangulamento.


De acordo com o processo movido contra Suzy, ela deixou o corpo da vítima apodrecer em sua sala por 48 horas. O pai do garoto relatou no processo que encontrou o corpo na porta de sua casa depois de todo ocorrido.

Na época, Drauzio divulgou uma nota esclarecendo o caso e informou que não sabia dos crimes cometidos pelas entrevistadas para evitar que um julgamento pessoal pudesse interferir na execução de seu trabalho como médico.

A emissora também se manifestou sobre o caso com o mesmo posicionamento do médico. Dias depois, William Bonner leu um pedido oficial de desculpas da emissora no Jornal Nacional.

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