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WILSON LIMA VOLTA SER DESTAQUE NEGATIVO NO JORNAL NACIONAL NESTA TERÇA-FEIRA (17/11)


Na capital do estado do Amazonas, mais de 200 crianças esperam por cirurgia no hospital estadual que é referência para o tratamento de doenças do coração.

A família da Talita conseguiu na Justiça uma ordem para que o estado operasse a bebê no prazo de 24 horas. A determinação não foi cumprida e ela morreu com apenas 21 dias de vida.

“Vamos priorizar essas crianças que nascem com esse problema. Se tivesse totalmente atenção para essas crianças, não ocorria tanta mortalidade”, declarou a avó de Talita, Marilene da Costa.

A Secretaria Estadual de Saúde informou ao Ministério Público que hoje, no Amazonas, 214 crianças estão na fila da cirurgia cardíaca; 29 morreram em 2019, enquanto aguardavam a vez.

Segundo a promotoria, faltam remédios e equipamentos no Hospital Francisca Mendes, o único que faz esse procedimento na Região Norte. Além disso, os funcionários estão com os salários atrasados.


Dos cinco centros cirúrgicos, três funcionam; das seis alas de UTI, duas estão paradas. Nesta terça-feira (17), a única máquina de hemodinâmica, usada para exames cardíacos e procedimentos médicos, quebrou.

E no Francisca Mendes, ainda segundo o Ministério Público, as cirurgias são realizadas não de acordo com a gravidade do caso, mas conforme a disponibilidade de remédios e equipamentos.

“A escolha de paciente não se dá ainda pela classificação de risco que ele tem, mas pelo material que o hospital dispõe. Infelizmente nós ainda vivenciamos essa situação”, explicou a promotora Silvana Nobre.

O secretário estadual de Saúde do Amazonas, Rodrigo Tobias, negou as acusações.

“Não condiz com a realidade, mesmo porque a fila é controlada tanto pela área técnica, ou seja, pela gestão, mas sobretudo observada pelos órgãos de controle. Eu não posso ultrapassar uma criança que está em uma certa posição na frente de outras que têm um critério sanitário específico, cuja necessidade é maior”, disse.

A saúde pública da rede estadual no Amazonas está em crise desde o início do atual governo, que alega ter herdado dívidas de gestões anteriores. A situação se agravou nos últimos meses: servidores estão sem receber desde agosto. Os pagamentos dos atrasados começam apenas em 2020, segundo a Secretaria da Saúde.

A consequência são pacientes atendidos nos corredores de hospitais. Na maternidade Balbina Mestrinho, isso aconteceu até com os bebês. Nesta terça-feira, na ala das incubadoras, apenas as mães cuidavam e medicavam seus filhos.

A Secretaria Estadual da Saúde do Amazonas voltou a declarar que herdou dívidas do governo anterior, e que está procurando alternativas para aumentar os investimentos na área de saúde.

Fonte: Jornal Nacional

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